10 filmes imperdíveis sobre Inteligência Artificial Por Douglas Ciriaco | 23 de Setembro de 2015 às 12h14
A temática é fascinante e é, de fato, difícil escolher apenas 10 títulos para classificar como imperdíveis. De qualquer maneira, aqui estão as nossas indicações, aqueles filmes que todos os fãs de ficção científica, especialmente os entusiastas (ou críticos) da Inteligência Artificial, precisam conferir.
1. Metropolis (1927)
Robô de Metropolis inspirou personagem de Star Wars. (Foto: Reprodução/Universal Film)
Se fosse preciso classificar algum filme como o pontapé inicial da IA no mundo do cinema, este seria Metropolis. O clássico do austríaco Fritz Lang foi roteirizado por ele em parceria com Thea von Harbou (autora do romance no qual a película é baseada) e causou um grande impacto no mundo do cinema, não só na época do seu lançamento como até hoje.
Tido como grande expoente do expressionismo alemão, o filme se passa no ano de 2026 e mostra um mundo devastado no qual os poderosos vivem bem na superfície da Terra enquanto os trabalhadores sobrevivem no subterrâneo, trabalhando incessantemente para manter essa estrutura.
É aí que Joh Federsen (Alfred Abel), o capitalista insensível que controla a metrópole, resolve mandar o robô inteligente recém-criado por um de seus funcionários para o centro da vida dos operários. O androide tem a aparência de Maria (Brigitte Helm), uma das líderes do proletariado, e tem como objetivo semear a discórdia entre os trabalhadores.
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2. 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968)
HAL-9000: o terror de 2001. (Foto: Reprodução/Metro-Golden-Mayer)
Nome fácil que vem à cabeça de qualquer cinéfilo quando se fala em IA no cinema, 2001 – Uma Odisseia no Espaço é a obra-prima de Stanley Kubrick. Escrita por ele em parceria com Arthur C. Clarke, a obra tem algumas das cenas mais icônicas da história do cinema, além de uma pegada filosófica capaz de deixar muita gente boiando.
O filme começa na alvorada do homem, quando ainda éramos macacos, e nos leva até o futuro, quando a exploração espacial está em um estágio avançado. À bordo da Discovery One, cinco cientistas se dirigem a Júpiter, mas passam a ter problemas quando o computador de bordo HAL-9000 começa a agir de forma estranha.
Não foi só pela forma com que lida com a temática densa que 2001 entrou para a história, mas também pelo apelo estético e pela trilha sonora marcante. Constantemente apontado como um dos melhores filmes já feitos, a obra de Kubrick é obrigatória para fãs de IA.
3. Westworld – Onde Ninguém Tem Alma (1973)
Que tal duelos no faroeste entre humanos e robôs? (Foto: Divulgação/Metro-Golden-Mayer)
Nome menos famoso do que os demais desta lista, Westworld – Onde Ninguém Tem Alma retrata a Inteligência Artificial de uma forma bem peculiar. Dirigido e escrito por Michael Crichton, o filme mostra a saga de dois homens que tentam fugir de um robô assassino.
Na obra, os amigos Peter Martin (Richard Benjamin) e John Blane (James Brolin) vão passar as férias em Delos, uma espécie de parque de diversões ultramoderno para adultos. Lá, há três ambientes diferentes, sendo um deles o Velho Oeste norte-americano, no qual androides duelam com os clientes, mas sempre programados para perder.
Porém, uma falha muda a configuração dos robôs, que passam a caçar os visitantes do local. Em meio a este miniapocalipse robótico, os dois amigos tentam se manter vivos e escapar de um androide pistoleiro que está em seu encalço.
4. Blade Runner (1982)
Os replicantes de Blade Runner só queriam sobreviver. (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures)
Um dos maiores clássicos da ficção científica, Blade Runner chegou aos cinemas em 1982 dirigido por Ridley Scott e com roteiro de Hampton Fancher e David Peoples. A obra é baseada no livro Androides Sonham com Ovelhas Elétricas, de Philip K. Dick, lançado em 1968.
Na obra, vemos Deckard (Harrison Ford), um ex-caçador de androides (aqui chamados de replicantes) que precisa voltar à ativa para encontrar robôs que se infiltraram em meio aos seres humanos após o motim e tentam chegar ao seu criador para aumentar o seu breve período de vida.
O filme trabalha de forma primorosa a questão ética envolvendo a relação entre humanos e máquinas e também as consequências da Inteligência Artificial. Aos poucos, as máquinas adquirem comportamentos humanos capazes de enganar até os mais experientes caçadores. O final da obra é marcante e deixa uma série de dúvidas.
5. O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991)
Atuação em Exterminador do Futuro consagrou Arnold Schwarzenegger. (Foto: Divulgação/TriStar Pictures)
Continuação do filme de 1984, O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final é também figurinha carimbada quando se fala em máquinas autônomas. O mote de toda a série é justamente este: a IA leva as máquinas a se rebelarem contra seres humanos, criando uma guerra que dizima boa parte da humanidade.
Em O Exterminador do Futuro 2, as máquinas mandam um exterminador (Robert Patrick) ao passado para caçar John Connor (Edward Furlong), ainda com apenas 14 anos, mas futuro líder da resistência humana. O próprio Connor manda, do futuro, o exterminador que foi capturado e reprogramado (Arnold Schwarzenegger) para proteger o jovem.
Dirigido por James Cameron, que também roteirizou a obra junto de William Wisher Jr., a obra é um excelente filme de ação com uma visão bastante caótica sobre como a IA pode dar início a um período tenebroso e quase sem retorno para a humanidade.
6. O Fantasma do Futuro (1995)
Transumanismo assombroso em O Fantasma do Futuro. (Foto:Divulgação/Bandai Visual Company)
Talvez a animação mais clássica da ficção científica a abordar o tema da Inteligência Artificial, O Fantasma do Futuro foi lançado em 1995. Dirigido por Mamoru Oshii, o filme conta com roteiro de Kazunori Itô e Masamune Shirow e se passa no ano de 2029, mostrando humanos transformados em ciborgues com cérebros cibernéticos.
Na obra, a agente Major Motoko se modificou tanto que não resta quase nada de humano nela, apenas o “fantasma” que anteriormente habitava a casca de carne e osso. Ela é informada que o hacker Mestre das Marionetes, famoso por invadir e controlar os cibercérebros, está no Japão e precisa capturá-lo.
O filme é um clássico e está na mesma linha cyberpunk de Blade Runner e Matrix, inclusive sendo constantemente apontado como uma das inspirações para os Wachowski na hora de conceber o universo no qual vivem Neo, Morpheus, Triny e companhia. Sem dúvida, mais uma obra imperdível.
7. Matrix (1999)
O que é a Matrix? (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures)
Falando nele, aqui está: Matrix, a obra que sacudiu o mundo do cinema no final dos anos 1990 jamais poderia ficar de fora de uma lista que trata de filmes sobre Inteligência Artificial. Dirigido por Joel Silver e escrito pelos irmãos Andy e Lana Wachoswki, o filme mistura artes marciais, religião, filosofia e computação avançada em um mundo cyberpunk como poucas vezes aconteceu na história do cinema.
Na obra, acompanhamos o hacker Neo (Keanu Reeves) em sua descoberta de que o mundo em que vivemos não passa de uma simulação de computador. Os responsáveis por isso tudo são as máquinas, que declararam guerra à humanidade após serem agraciadas com a Inteligência Artificial.
O filme teve duas continuações e foi o primeiro a contar uma história apoiada em outras mídias. Histórias em quadrinho, jogos eletrônicos e uma série de curtas animados (Animatrix) complementam o universo Matrix iniciado no filme lançado em 1999.
8. A.I. – Inteligência Artificial (2001)
Aviso: ao assistir este filme, prepare a caixinha de lenços. (Foto: Divulgação/DreamWorks Pictures)
Steven Spielberg dirigiu e produziu A.I. – Inteligência Artificial, filme idealizado por ninguém menos do que Stanley Kubrick. Spielberg, que recebeu a oferta de dirigir o filme do próprio Kubrick, adaptou a história para o cinema e apresentou ao mundo a obra mais marcante das últimas décadas quando se fala em IA.
O filme se passa no futuro e mostra as tensas relações sociais entre humanos e robôs, focando especialmente na família Swinton. Eles têm um “filho adotivo”, o robô David (Haley Joel Osment), que é amado por sua mãe, mas nem tanto por seu irmão, que é humano.
A obra de Spielberg lida de forma primorosa com as questões éticas envolvendo a Inteligência Artificial, a humanidade presente nas máquinas inteligentes e também as consequências de desastres sociais e ambientais no planeta Terra.
9. Ela (2013)
Já se pensou se apaixonar pelo Windows? (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures)
Sob alguns aspectos, Ela, filme de Spike Jonze de 2013, não traz nada de muito revolucionário. Entretanto, a abordagem que ele faz da interação entre um ser humano e um ente com Inteligência Artificial — no caso, um software —, vale a sua inclusão nas principais listas do gênero.
Em Ela, vemos Theodore (Joaquin Phoenix), um sujeito solitário de meia idade que acaba de comprar um novo sistema operacional (SO). O software (dublado por Scarlett Johansson) é um assistente pessoal avançado e inteligente, então, da interação entre ambos, nasce um amor complicado, inusitado, mas capaz de dar grandes lições.
E o mais interessante aqui não é só as frustrações afetivas de Theodore, mas sim a perspectiva de amor do SO, que coloca alguns pontos de interrogação na cabeça do protagonista (e dos espectadores também, é claro). Vale destacar também a boa contextualização do filme a partir da nossa própria realidade tecnológica.
10. Ex-Machina (2015)
Ex-Machina explora um outro lado da IA. (Foto: Divulgação/A24)
O último nome da lista é Ex-Machina, filme britânico de 2015 escrito e dirigido por Alex Garland. A obra é daquelas que vai deixar você intrigado ao final da exibição, pois levanta uma série de questões éticas, além de confundir (de forma positiva) até mesmo do ponto de vista cinematográfico.
Na obra, um funcionário do Bluebook, o motor de busca mais usado no mundo (qualquer semelhança com companhias como Google e Facebook não é mera coincidência) ganha o direito de passar um final de semana na casa de seu chefe. Lá, ele é colocado diante de um projeto inovador: robôs com inteligência artificial.
As conversas entre o funcionário e as máquinas — sempre com o aspecto de uma mulher humana — colocam o espectador diante de um panorama bastante assustador sobre afetividade, sexualidade, moralidade e muito mais. Interessados em computação, inteligência artificial e ficção científica em geral não podem deixar de ver este grande
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