Um sonho realizado. Associação Cultural Banestado cumpriu seu Papel. Relatos e historias e comentários.

Da pré-história à venda do Banestado: visita ao Museu Paranaense é aula de história do estado e do Brasil A história dos povos originários que habitavam a região há 10 mil anos até a formação política e cultural do Paraná contemporâneo está contada nos 400 mil itens do acervo do Museu Paranaense, no Centro de Curitiba. Sediado desde 2003 no Palácio São Francisco, na rua Kellers, no Alto São Francisco, o museu é o mais antigo do estado fundado em 1876 (à época com apenas 600 peças). Aberto de terça a domingo (veja detalhes dos horários abaixo), o museu tem entrada gratuita e é um dos passeios obrigatórios para os visitantes a Feira de Arte e Artesanato do Largo da Ordem aos domingos. Segundo dados da secretaria estadual de Cultura 56 mil pessoas o visitaram em 2017. Uma visita completa no Museu Paranaense vale por um curso de história do Paraná e do Brasil. No andar térreo, repousam lado a lado brinquedos de chumbo, uma curiosa xícara que promete proteger bigodes do cafezinho e um projetor de cinema, item da coleção de Vladimir Kózák, naturalista tcheco que pesquisou povos indígenas do Brasil e do Paraná e que deixou sua obra e seus objetos para o museu quando faleceu, em 1979. O trabalho dele pode ser visto no Anexo 2, uma pirâmide envidraçada que reconstitui dos povos originários paranaenses às indústrias que, no século XX, ajudaram a criar parte importante da identidade do estado. Estão ali o piano Essenfelder, as máquinas e as embalagens da Todeschini e uma parte do acervo do extinto Museu do Banestado, que chegou ao museu quando o banco foi vendido ao Itaú, em 2000. Alguns passos adiante, uniformes originais e tanques de guerra, também recebidos de doação, reproduzem conflitos em que o Paraná tomou parte, como a Guerra do Contestado (1912-1916). O museu conta ainda com uma biblioteca que cataloga periódicos, como jornais e revistas, e serve de suporte a pesquisas de todos os tipos. Não é possível emprestar materiais, mas qualquer pessoa pode consultar o acervo no local sem nenhum custo. Reserva técnica Na enorme reserva técnica, uma infinidade de objetos está à disposição de pesquisadores, que chegam ao museu através de parcerias. Várias exposições de quadros, itens de artesanato e memória em geral saíram das prateleiras abrigadas em um espaço do primeiro andar ao qual o público geral não tem acesso. Uma delas, dedicada às ocupações das mulheres do Paraná ao longo da história, está em cartaz até o final do ano. Saíram da reserva peças de roupa, revistas de moda do começo do século XX e objetos que contam a história dos tempos em que elas eram costureiras, telefonistas ou modistas. Parte do currículo A maior parte do público durante o dia é formado por estudantes de escolas de ensino fundamental e médio, que podem marcar visitas mediadas ao Museu pelo telefone. Alunos de cursos técnicos também fazem parte do público. O instrutor de aprendizagem do Senac Luiz Pereira do Santos leva estudantes ao local há cinco anos, e conta que eles se deslumbram com o que veem. “É uma satisfação, primeiro pelo inusitado. Eles acham que museus têm coisas antigas, ultrapassadas. Quando chegam aqui, se deparam com algo rico culturalmente. Uma turma chegou a me agradecer [depois de uma visita]”, diz ele, que leva alunos do curso de Técnico em Vendas ao Museu Paranaense como atividade de formação cultural, parte do currículo dos cursos.

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